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domingo, 31 de janeiro de 2016

Terra Mulher


A mulher antiga era reverenciada e admirada pelos seus quadris largos e corpo robusto, pois, se assim fosse, seria considerada uma mulher mais fértil.

A Mãe Terra era celebrada em todos os seus ciclos e todos tinham um profundo sentimento de agradecimento pelo seu ventre fértil que gerava comida para todos.

Assim, a Terra e a Mulher eram sagradamente consideradas como as que davam a luz para uma nova vida. 

Seja a mulher com um filho, ou a terra com o alimento, as duas se sentiam muito próximas, pois sabiam e entendiam o prazer de parir.

Elas cantavam, a mulher com sua voz, e a terra com seus pássaros.

Elas dançavam, a mulher com suas ancas, e a terra com o seu vento nas árvores.

Elas se perfumavam, a mulher com sua essência natural, e a terra com suas flores.

Elas viviam alegremente, festejando e honrando cada momento juntas.

Se te recordares desse tempo, sentirás o quanto eras feliz. Sentirás o poder do conhecimento.

 Sentirás tua sabedoria ancestral, tua intuição e criatividade que foram perdidas por séculos de rejeição pela tua própria identidade.

Ama-te, mulher.

 Ama a tua essência. 

Ama o que te trouxe aqui.

Ama e reconheça o Ser Total que és.

Retoma esse contato com a tua melhor amiga, esse contato que te impuseram a esconder, renegar, maltratar, alegando que era errado, insensato, ruim, incapaz.

Não deixes que ninguém decida o que é melhor para ti. 

Tudo está aí dentro, basta conectar.

Entrega-te novamente àquele prazer sem rótulos, àquele prazer de estar simplesmente nua.

Oração à Grande Mãe




"Eu sou a Deusa, eu sou a Bruxa


Eu sou aquela que ilumina e protege


O poder da Grande Mãe está dentro de mim.


Que a Grande Mãe

A Senhora do Norte


Encha de frutos a árvore da minha vida.


Grande Deusa que habita dentro de mim


Santifica cada palavra minha e cada ato meu


Afasta cada sombra de minha vida


Ilumina todas as minhas estações


Torna-me forte na dor


Torna-me bela no amor.


Que teu nome e teu poder


Sejam o meu nome e o meu poder.


Assim sempre foi, assim sempre será." 

sábado, 30 de janeiro de 2016

Valores que modelam e sustentam os Círculos Femininos



Respeitar a diversidade humana e natural;

Preservar a Terra e o meio ambiente;

Confiar na criatividade e sabedoria inatas;

Empenhar-se em conciliar;

Combater todo ato de violência;

Trocar os julgamentos pela compaixão;

Praticar atos de generosidade e gratidão;

Substituir o consumismo pela simplicidade;

Acreditar na liberdade de expressão individual ( religiosa, ideológica, sexual);

Honrar e auxiliar os idosos;

Agradecer aos líderes espirituais e aos ancestrais;

Reverenciar a Grande Mãe.


 Fonte (escritora Bervely Engel)

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

"Para nutrir e embelezar nossas vidas


"Para nutrir e embelezar nossas vidas podemos usar inúmeros recursos, simples ou elaborados, como alguns dos seguintes:

1. Crie um espaço sagrado no seu lar, não somente através de um altar, mas usando sua inspiração, imaginação e amorosidade para que todos se sintam bem, protegidos, nutridos e amados;


2. Crie momentos sagrados – para si mesma ou compartilhando-os com amigos e familiares – caminhando na natureza, ouvindo música suave, jantando a luz de velas, lendo textos que nutram a alma, enriqueça a sua mente e elevem o espírito;

3. Entre em comunhão com a natureza, honrando a Deusa em todos os seus aspectos e manifestações. Não basta encher sua casa de plantas se você não entrar em contato real e profundo com a terra, a chuva, o vento, as nuvens, o Sol, a Lua, os animais – seus irmãos de criação;


4. Respire e consagre seu corpo como a morada da sua alma durante esta encarnação. Procure viver de forma saudável, fazendo suas opções com consciência, sem se agredir e sem culpar – a si ou aos outros – pelos seus problemas ou compulsões. Coma bem para viver melhor. Observe suas fugas e compensações, cuide da sua “criança” carente ou ferida ajudando-a a crescer, curando-a com amor e dando-lhe os meios adequados para se tornar forte e auto-suficiente;

5. Manifeste sua criatividade – escreva, borde, pinte, desenhe, faça colagens, modele argila, cante, recite, dance, aprenda algo novo, componha um poema ou canção, faça pão, comece um diário de sonhos. A mulher que não dá vazão construtiva à sua imensa capacidade criativa pode torná-la em energia destrutiva – contra si ou contra os outros;

6. Coloque em prática os ensinamentos espirituais. Não se contente em ler inúmeros livros ou participar de cursos e workshops se você não pratica aquilo que aprendeu. Para mudar, precisa viver de forma consciente, reconhecer e transmutar seus pensamentos negativos e ser sincera nas avaliações – suas e dos outros. Todas as experiências dolorosas da vida são aprendizados cujas lições podem contribuir para sua transformação. Algumas mensagens levam momentos para serem assimilados, outras, meses ou anos. Quando começar a compreender o significado dos acontecimentos da sua vida, você começou a crescer de fato e assim poderá abrir novas portas na sua vida, se usar a chave certa;

7. Encontre o equilíbrio entre o falar e o silenciar, se movimentar ou se aquietar. Procure se relacionar com pessoas que compartilham das mesmas buscas e que têm o mesmo nível vibratório. Participe de círculos de mulheres em que possa encontrar apoio para a sua jornada espiritual, em que possa confiar para expressar suas dores ou suas conquistas. Celebre a Deusa sozinha ou em grupo, encontrando assim a verdadeira fonte de seu poder, da sua cura e transformação. Cultive a Deusa dentro de você reconhecendo a sacralidade do seu corpo, da sua mente, das suas emoções, da sua vida. E ao reconhecer a Deusa dentro de si, você se tornará uma com Ela."

- Mirella Faur

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Palavras de avó: quando uma mulher estiver triste o melhor a fazer é trançar o seu cabelo



“A minha avó dizia-me que quando uma mulher se sentisse triste, o melhor que podia fazer era entrançar o seu cabelo; de modo que a dor ficasse presa no cabelo e não pudesse atingir o resto do corpo.

 Havia que ter cuidado para que a tristeza não entrasse nos olhos, porque iria fazer com que chorassem, também não era bom deixar entrar a tristeza nos nossos lábios porque iria forçá-los a dizer coisas que não eram verdadeiras, que também não se metesse nas mãos porque se pode deixar tostar demais o café ou queimar a massa.

 Porque a tristeza gosta do sabor amargo.

Quando te sintas triste menina- dizia a minha avó- entrança o cabelo, prende a dor na madeixa e deixa escapar o cabelo solto quando o vento do norte sopre com força.

 O nosso cabelo é uma rede capaz de apanhar tudo, é forte como as raízes do cipreste e suave como a espuma do atole.

Que não te apanhe desprevenida a melancolia minha neta, ainda que tenhas o coração despedaçado ou os ossos frios com alguma ausência. 

Não deixes que a tristeza entre em ti com o teu cabelo solto, porque ela irá fluir em cascata através dos canais que a lua traçou no teu corpo. 

Trança a tua tristeza, dizia. Trança sempre a tua tristeza.

E na manhã ao acordar com o canto do pássaro, ele encontrará a tristeza pálida e desvanecida entre o trançar dos teus cabelos…”

(  Da antropóloga Paola Klug)

 http://www.contioutra.com